Hoje (30), foi publicada uma nota, tanto no perfil oficial da Gundam Ace quanto no de Witch from Mercury, em relação à exclusão do termo 結婚した2人 (kekkonshita futari, “as duas, casadas”) em uma entrevista de Lynn e Kana Ichinose, respectivamente, as vozes originais de Miorine Rembran e Suletta Mercury — no caso, Ichinose se referia às duas protagonistas dessa forma.

A versão impressa da revista, publicada em 26 de julho, incluía o termo, retirado na versão digital, publicada no dia 28, causando indignação entre fãs. Na nota de retratação, é dito que a edição física continha termos que não passaram por revisão final, sendo uma “especulação do editor”, apontando então que a versão digital seria a correta e que deixam para os fãs “interpretarem a série por si”.

Essa resposta aumentou ainda mais a revolta do público, que se expressou nas redes sociais:

Por que “casadas” é um erro de revisão?
Por que “casadas” é um erro de revisão?
Por que “casadas” é um erro de revisão?

Bandaizinha, tá difícil né.

 

Não posso aceitar esse tipo de pronunciamento, é prafrentex na animação, e essa nota traz um posicionamento oposto.

 

Bom, esperado né?
Se o oficial disser que são casadas, não vai ter mais espaço para os times ElanSule e GuelSule.

Tem diferença entre “provavelmente casaram” e “é isso mesmo”.

 

Que cara de pau…!!!

Porque não é como se PRECISÁSSEMOS de uma confirmação, mas sim que vocês criaram algo tão bonito e se recusam a sustentá-lo. Deixar espaço para que outros façam piada ou menosprezem o que amamos, sua própria criação.

 

Vale pontuar que o perfil oficial de G-Witch no Twitter coloca como postagem fixada a ilustração de Suletta e Miorine de mãos dadas, com alianças nos dedos:

imagem: suletta e miorine em ilustração de 'Gundam: Witch from Mercury', com alianças.

 

Como já mencionado em outras postagens, no Japão, a união civil homoafetiva não é legalmente permitida, apesar da maioria dos habitantes ser a favor de mudarem a lei.

Algumas prefeituras japonesas, no entanto, reconhecem a união civil homoafetiva, pelo menos em parte — Tóquio recentemente foi uma das que entrou nessa lista. Com isso, dentro de funções que são específicas das prefeituras, os casais homoafetivos têm os mesmo direitos que os heteroafetivos — mas as responsabilidades das prefeituras são muito limitadas em relação aos direitos que o reconhecimento do governo central trariam.

Gundam: Witch From Mercury teve direção de Hiroshi Kobayashi (KIZNAIVER), com codireção de Ryo Ando (Interviews with Monster Girls) e roteiro de Ohkouchi (Code Geass). O estúdio responsável pelo anime é o Bandai Namco Filmworks, o antigo Sunrise (que ainda assina a produção).

Na história, acompanhamos uma era onde várias corporações colonizaram o espaço e criaram grande sistema econômico. Nesse contexto, Suletta Mercury, uma garota solitária de Mercúrio, se muda para a Escola de Tecnologia de Asticassia, liderada pelo grupo que domina a indústria de mobile suits, e, no meio disso, acaba noiva de Miorine Rembran, filha do presidente do maior conglomerado empresarial do Espaço.

Veja também:

⇒ Com casal de mulheres, Gundam: Witch from Mercury conquista o público | Artigo


Fonte: Twitter