Finalmente entre nós! PLUTO estreou hoje (26) na Netflix com opção dublada em nosso idioma, como é de praxe com os originais da plataforma (tem também opção em japonês, com ou sem legendas). São 8 episódios de mais ou menos uma hora cada.
A versão brasileira é produzida pelo estúdio Unidub, sob direção de Henrique Canales, com tradução de Beatriz Corrêa. A mixagem ficou por conta de Léo Macias, e atuaram como técnicos de gravação Lyla Soler e Victor Chinazzo.
No elenco, Marco Antônio Abreu (Ginyu em Dragon Ball Super) interpreta Gesicht e Gab Cardoso vive Atom.
A série conta com produção pelos estúdios M2 e GENCO, com cooperação da Tezuka Production e supervisão de Macoto Tezka. A direção é de Toshio Kawaguchi (diretor assistente na versão de Kimba, o Leão Branco de 2009) — o próprio Urasawa é creditado como “supervisor criativo”.
Na história somos apresentados a um mundo de coexistência entre humanos e robôs. Porém, uma série de “assassinatos” de robôs, e também de um homem, chama atenção, fazendo com que um grande investigador da Europol, chamado Gesicht, inicie um trabalho para saber o que está acontecendo — e tudo indica que há uma máquina por trás de tudo.
O animê de Pluto, baseado no celebrado mangá de Naoki Urasawa, foi anunciado em junho de 2017, durante o festival de Annecy, o mais importante para os produtores de animação. Na época, foi dada uma previsão para 2020 que, como podemos bem ver, não se concretizou.
O mangá original foi publicado por aqui anos atrás pela Panini — que já confirmou um relançamento para dezembro.
O mangá de Naoki Urasawa é uma espécie de releitura do clássico Astro Boy (Tetsuwan Atom), de Osamu Tezuka, obra que deu origem à primeira série animada de TV do Japão. Inclusive, foi publicado a partir de 2003, ano em que se comemorou os 40 anos do animê — rendendo aquela série animada exibida por aqui atualmente na Pluto TV. Há também outra animação, bem mais recente, disponível no Globoplaye no Prime Video.
Na história somos apresentados a um mundo de coexistência entre humanos e robôs. Porém, uma série de “assassinatos” de robôs, e também de um homem, chama atenção, fazendo com que um grande investigador da Europol, chamado Gesicht, inicie um trabalho para saber o que está acontecendo — e tudo indica que há uma máquina por trás de tudo.
A obra foi finalizada nas páginas da Big Comic Original em 2007, rendendo 8 volumes encadernados, publicados no Brasil entre 2017 e 2019 pela Panini — com republicação a caminho.
Sobre Astro Boy
Um dos maiores clássicos da animação japonesa, Tetsuwan Atom, ouAstro Boy, como conhecemos do lado de cá, é uma criação do “deus do mangá” Osamu Tezuka, que publicou o mangá original entre abril de 1952 e março de 1963.
A primeira série, datada de 1963 e inédita por aqui, é considerada o primeiro animê no formato de programa comercial de meia hora para TV. No Brasil, assistimos pela Record, nos anos 1980,O Menino Biônico (Jetter Mars), uma “versão genérica” do Astro criada pelo próprio Tezuka junto à Toei Animation. Em 2003, tivemos um remake do herói original, que passou aqui pelo Cartoon Network, Rede Globo e Loading, além de ter sido lançado completo em DVD e exibido pelo streaming do Crackle.
Em 2007, três volumes de um mangá de AstroBoy foram lançados no Brasil pela Panini. O título em questão é uma releitura de Akira Himekawa, portanto a obra original de Tezuka continua inédita por aqui.
Em 2009 foi lançada uma versão em CG para os cinemas, sob responsabilidade do estúdio Imagi, de Hong Kong (que também fez aquele longa animado das Tartarugas Ninja). O filme era a grande aposta da Imagi para garantir sua sobrevivência e concluir outro projeto, um longa CG baseado no clássico Gatchaman. Infelizmente a bilheteria foi baixa e o estúdio fechou as portas no ano seguinte.
Em 2012, um especial da Turma da Mônica Jovem reuniu figuras como Kimba, o próprio Astroboy e a Princesa Safiri (de A Princesa e O Cavaleiro) com Mônica, Cebolinha e os demais em uma história ecológica. Novos crossovers surgiram anos depois nos quadrinhos.