A plataforma de streaming da Netflix voltou a contar com o filme Astro Boy em seu catálogo desde a última quarta-feira (15). O longa traz áudio original em inglês e também opções de dublagem em português e espanhol, com legendas nos mesmos idiomas.

Adaptando o grande clássico do “deus do mangá” Osamu Tezuka, Astro Boy foi lançado em 2009, com animação produzida pelo já extinto estúdio Imagi. A bilheteria na época foi considerada baixa, o que acabou contribuindo para a falência da produtora, que já havia feito uma versão de Tartarugas Ninja para o cinema e planejava levar outro clássico japonês, Gatchaman, a uma versão atualizada em computação gráfica – que nunca aconteceu.

Reprodução/Netflix

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A história se passa em uma realidade futurista onde existe uma cidade flutuante chamada Metro City. Depois de perder o seu filho em um acidente, o cientista Dr. Tenma constrói um garoto-robô, o Astro, com superpoderes e características humanas para suprir a falta da criança. Porém, Astro é abandonado quando o doutor vê que sua criação não seria capaz de substituir o filho, e na superfície o robozinho acaba se virando e criando amizade com outros garotos órfãos. Uma guinada acontece quando o terrível Presidente Stone almeja roubar a energia de Astro, que terá que combater um robô e proteger a cidade como um herói.

No Brasil, a produção contou com Rodrigo Faro (sim, o apresentador da Record) na voz do protagonista, em uma forma de tentar alavancar a divulgação. Mesmo não tendo um bom desempenho nos cinemas e ficando marcado como o filme que faliu um estúdio, Astro Boy é uma aventura divertida que vale a conferida sempre que aparece em reprises por aí.


Fonte: Netflix


Um dos maiores clássicos da animação japonesa, Tetsuwan Atom, ou Astro Boy, como conhecemos do lado de cá, é uma criação do “deus do mangá” Osamu Tezuka, que publicou o mangá original entre abril de 1952 e março de 1963.

A primeira série animada, datada de 1963 e inédita por aqui, é considerada o primeiro animê no formato de programa comercial de meia hora para TV. No Brasil, assistimos pela Record nos anos 1980, O Menino Biônico (Jetter Mars), uma “versão genérica” do Astro, criada pelo próprio Tezuka junto à Toei Animation. Em 2003, tivemos um remake do herói original, que passou aqui pelo Cartoon Network e pela Rede Globo, além de ter sido lançado completo em DVD e exibido pelo streaming do Crackle.

Em 2007, três volumes de um mangá de AstroBoy foram lançados no Brasil pela Panini. O mangá em questão é uma releitura de Akira Himekawa, portanto a obra original de Tezuka continua inédita. Em 2012, um especial da Turma da Mônica Jovem reuniu figuras como Kimba, o próprio AstroBoy e a Princesa Safiri (de A Princesa e O Cavaleiro) com Mônica, Cebolinha e os demais em uma história ecológica. Novos crossovers surgiram anos depois nos quadrinhos.