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Desde o fim de Sailor Moon os executivos das tvs japonesas procuravam uma substituta à altura, capaz de cativar principalmente as meninas e fazer a alegria do comércio. Pretty Cure conseguiu atender a essas expectativas e já está  a anos no ar, inclusive aparecendo com frequência na lista dos 10 animes mais assistidos do Japão. Com todas essas qualidades, a Toei começou a trabalhar com a série no ocidente, e agora, vislumbra colocá-la no ar no Brasil e repetir o sucesso. Mas o buraco é mais embaixo.

A série está em negociação desde o ano passado, quando foi apresentada aos executivos brasileiros junto de outros títulos como Bobobo-bo Bo-bobo (que chegou a ser nogociado até mesmo pela MTV!), mas até o momento sem nenhum êxito. A principal dificuldade é aquela de sempre: nossos canais não tem mais o mesmo espaço de antes para programação infanto-juvenil, substituida a partir do início da decada de 1990 por programas pagos (religiosos e televendas) ou mesmo femininos (bem mais baratos e com apelo comercial bem maior). O fracasso de Sailor Moon por aqui também contribuiu para a desconfiança quanto à “animes para meninas”. Mesmo assim, a Toei trabalha para emplacar a série no nosso mercado, e tem até mesmo um programa de licenciamento engatilhado. Se vai conseguir ou não, só o tempo dirá. E em se tratando e animes na tv aberta, o tempo pode ser muito cruel (e longo). Periga chegar antes na tv paga (e ficar por lá mesmo).