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A SEGA surpreendeu seus fãs ao anunciar e lançar esse jogo… Afinal, como assim um Virtua Fighter RPG? Considerando que se trata de um Spin-Off e Virtua Fighter nunca se preocupou em ter uma história profunda (pra não dar brecha a muitas drogas como aconteceu com Tekken, onde as coisas são mais emboladas que cabelo de bunda), então é plausivel a idéia… Agora veremos se vale a pena jogá-lo.

Vamos começar por partes, e um pouco antes da história do jogo, vamos ao prólogo, que é importante para o entendimento da mesma.

Início
No fim do século passado, começou o Torneio Mundial de Artes Marciais, e os lutadores mais fortes do mundo entraram nele em busca do prêmio prometido pelo patrocinador anônimo (Provavelmente é uma porrada de dinheiro).

Mas, como todo torneio patrocinado por uma fonte anônima, tinha merda envolvida, e não foi diferente, tudo era apenas uma trama do Sindicato Judgement Six (J6 – Os manolos por detrás da criação da Dural, aquela boss de metal com um corpão de mulher) para recolher data dos melhores lutadores para equipar em Dural.

Agora
Nexus, é um mundo virtual criado pelos *programadores da SEGA* computadores e extremamente popular, podendo ser acessado de qualquer lugar conexão a internet. Com o tempo, Nexus passou a fazer parte da vida das pessoas (igual ao Facebook =P), e áreas desconhecidas e sem administração começaram a aparecer nos arquivos dos servidores. Mesmo assim as pessoas acessavam essas áreas esquecidas.
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Existem pessoas que acessam e procuram por arquivos esquecidos. Esses exploradores recebem o nome de Caçadores de Tesouro (Hunter Treasures).
Sei, é um manolo que vive em Acropolis (criada sobre o oceano, com o propósito de mineração marítima), cidade que é pressionada pelas grandes empresas devido aos recursos da mineração, sendo que ele não tem nada a ver com essa treta toda. Tudo que ele quer, é junto com seu amigo Hayami, participar da corrida de air-bike. Ele procura se tornar um Caçador de Tesouro para recolher Chips de Arquivo (Data Chips) e conseguir dinheiro para preparar sua bike.
Quando ele ganha uma Luva de Caçador (Hunter Glove) de seu pai, que é um engenheiro de Nexus, sua vida começa a dar uma reviravolta, pois os eventos que ele irá presenciar em Nexus terão forte influencia no mundo real.
Parte do jogo pode lembrar a série .hack//, mas Virtua Quest é competente o suficiente para ganhar uma identidade própria, fora que os personagens são mostrados fora da internet, ao contrário da franquia citada neste parágrafo.
O estilo gráfico escolhido pela SEGA foi muito feliz, os personagens tem um estilo de anime, que casa com a proposta e enredo do jogo. Os cenários não são dos melhores, mas são variados e bem bonitos.

As cut-scenes do jogo são feitas com o mesmo gráfico e engine do jogo, o que garante maior fidelidade e não usa modelos bacanas e em alta definição para enganar o jogador. Mas mesmo assim, creio eu, que um capricho maior nos cenários não seria nada demais.

 
A jogabilidade é variada, MUITO variada mesmo. Apesar de carregar o título de RPG, tem toques de plataforma. Além da forma de ataque normal (baixar o cacete no inimigo), temos as Virtua Souls, que são Arquivos com golpes dos lutadores de Virtua Fighter.
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Você pode andar pelas paredes por um determinado tempo, usar uma espécie de Cabo em determinados pontos do cenário para ir a outros lugares. Com esse Cabo você pode agarrar inimigos aéreos, entre outras coisas que descobre jogando. A câmera é controlada por você, exclusivamente por você, usando o L1 ou L2, você vira a câmera para frente, e com isso a câmera não te mata, basta ter agilidade o suficiente para mantê-la aonde quer.
As Virtua Souls merecem um parágrafo a parte neste ponto, pois elas acrescentam em muito no jogo. Adquirindo uma Virtua Soul, você entra numa batalha contra o lutador em questão, e vencendo-o, ele o ensina uma tecnica (Virtua Soul Technique), que gasta um pouco da barra de Synapse (O equivalente ao MP dos RPG’s), e habilita o Synapse Bomber, uma técnica devastadora que usa um pouco de HP, portanto, use o Synapse Bomber com cuidado, pois se não, você poderá se foder depois.
O departamento de som da SEGA nunca decepcionou seus fãs, mesmo em jogos de qualidade questionável (como Sonic The Hedgehog de PS3/360, oh, a infâmia dos malditos loadings…), a trilha sonora de seus jogos sempre foi um destaque a parte, e aqui não é diferente. Apesar de não conter temas tão memoráveis, as músicas são agradáveis, como a da Batalha contra o Akira ou a da Floresta (Wild Corridor Server).

A dublagem é de certa forma bem feita, apesar de que é BEM ESTRANHO ouvir o Akira falando em inglês (pra quem passou quatro jogos e inúmeras expansões ouvindo o Akira em japa, desde o Saturn, véi =p), mas nada que incomode…

Virtua Quest é uma daqueles jogos que você deixou passar, pois estava jogando a milésima atualização de Winning Eleven/Pro Evolution Soccer ou o GTA. É divertido, bem difícil (precisei apelar para achar as Virtua Souls) e a jogabilidade funciona. Tem algumas falhas, mas qual o jogo que não as tem?
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Pra quem quer alguma coisa diferente em termos de RPG, essa é uma boa pedida, e ainda por cima, mesmo vindo do Japão, não tem as boiolagens de um Final Fantasy da vida.
Avalição do JBox: 90%