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Amigos, a coluna de hoje não terá um final feliz. Sim, o jogo analisado é MUITO RUIM. Jamais tentem pôr suas mãos nele, ou ficarão infelizes por um bom tempo… Ok, eu to meio deprimido por conta de um fora, mas isso não vem ao caso… E tecnicamente não foi um fora, mas deixemos isso pra lá…

Primeiramente, vamos resumir a ópera: o jogo é uma tremenda porcaria. Sim, mas meu dever como cidadão de bem e que paga seus impostos, é também falar sobre títulos ruins e alertar o máximo de público possível para evitá-los.

Pois bem, esse é o terceiro game da série Shuyaku Soudatsusen, sendo que os anteriores são até decentes e foram lançados para o SNES. Aqui, a produtora se perdeu de vez, não se decidindo sobre se criava um game de luta em 2D ou seguia a proposta dita pela Sony ao lançar o Ps1, de que o 3D era o futuro e o 2D seria destroçado.

Pois bem, a Angel se decidiu por lançar algo num meio termo entre os dois, um jogo com jogabilidade 2D, mas gráficos tridimensionais, e o resultado não poderia ser mais catastrófico. Vamos em frente, marujos.

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Baseado na temporada SuperS (Super Stars), coloca as Sailors pra trocar sopapos com algum motivo que não sei (e não, não é contra os inimigos, mas entre si), pois as palavras em japonês que mais conheço são Kamen Rider, Henshin e Jaspion, não necessariamente nessa ordem =p.

No modo principal, é possível escolher entre as cinco Sailors e a Chibi-Usa (outras personagens são selecionáveis apenas no modo versus). Nele tem um interessante sistema de customização de habilidades (que guarda um momento engrish pro jogo, pena meu programa de screenshot ter me decepcionado) que eu não faço a mínima idéia de como funciona ingame – nessas horas é foda não manjar nada de japonês =p.

A idéia em si do game seria até boa, mas a execução foi lastimável e esquecível, conforme você verá ao longo desta resenha, que só não é maior porque o emulador travou de tão ruim que o negócio era. XD

Um fighting game que deveria ser tomado como exemplo de  gráficos em 3D e jogabilidade 2D na época, era Tekken 1, que mesmo hoje em dia sendo considerado estranho, fez muito bonito na época (1994 nos arcades, 1995 no Ps1) com seus lutadores poligonais e cenários pré renderizados.

Pois bem, aqui a produtora tentou mesclar a jogabilidade 2D, com a movimentação de um 3D como dito antes e o resultado ficou leeeeento… Os comandos são imprecisos, poxa, consigo jogar Street Fighter e jogos de luta com certa decência num teclado, esse nem com reza braba. No controle melhorou um pouco… EU DISSE UM POUCO.

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Técnicas são difíceis de sair, e é mais fácil metralhar o adversário com voadoras e chutes do que simplesmente tentar executar algum golpe especial, fora que a guerreira leva 300 horas pra executar um mero golpe especial. Como eu adoraria estar mentindo pra vocês.

A princípio, quando você vê o vídeo de abertura com as personagens bem modeladas (pra época) em 3D, ao som de Moonlight Densetsu, você fica feliz, e pensa “eeeeeee, vem coisa boa por aí”, quando abre o menu de escolha de personagens e vê aquelas figuras em acetato, iguaizinhas ao anime, você pensa “caralhu, deve ser mó jogão” e quando começa a luta você vê… aquilo?

Você então começa a esbravejar (se não verbalmente ao menos mentalmente) os produtores, porque foi uma tremenda regressão do jogo anterior (Bishoujo Senshi Sailor Moon SuperS – Zenin Sanka!! Shuyaku Soudatsusen – Do SNes, lançado no ANO ANTERIOR). Tanto os modelos meia-boca, algo que ficam entre o 2D preguiçoso e o 3D mal feito, quanto os cenários porcos e mal acabados.

Se além da abertura e do menu de escolha de personagens, há algo a se elogiar aqui, é algo que fica na barra de vida, os rostos das personagens reagem a quando está se apanhando (igual ao Real Bout Fatal Fury, da SNK), e expressões diferentes ilustram quando uma personagem perde um round (a da Sailor Venus é engraçadíssima). Fora isso o jogo é graficamente lamentável, muito lamentável.

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A sonoridade é um dos poucos quesitos que se salvam nesta bomba ambulante. Tem o tema de abertura da série (Moonlight Densetsu), e as dubladoras originais das Sailors, porém o trabalho parece ser feito de má vontade, pois as vozes soam irritantes e repetitivas demais durante as lutas. Os diálogos de antes das batalhas (na tela de versus) são bacanas e tudo mais.

Considerações finais: mantenha distância desse balde fecal em forma de jogo, evite-o como o diabo foge a cruz.

Avaliação JBox: 30%