Quem lê as matérias do JBox sabe que esse que vos escreve não tem muita simpatia pelo tão venerado Hayao Miyazaki. Calma, essa opinião não tem nada haver com as obras do seu estúdio, o Ghibli, que merecem todo o respeito e o prestígio que possuem (é, o cara trabalha muito bem). O problema é que o tio Hayao sempre gosta de aparecer mais por sua língua de cascavel do que pelos seus trabalhos. Basta ele ser entrevistado que solta um veneninho. Já falou que não se produzem mais animes de qualidade no Japão (é relativo “o que presta e o que não”, depende do gosto do freguês – e do mercado), que os produtores da atual geração não possuem capacidade para trabalhar na área (uma falta de respeito com seus colegas de profissão) e outras coisinhas que apesar de terem um fundo de verdade, não podem ser levadas em consideração como um todo.

Recentemente, ele deu uma opinião bastante preconceituosa em relação ao ministro japonês Taro Aso, fã confesso de mangás: “Isso é uma vergonha. É algo que deveria ser secreto”. Vindo de alguém que é dono das maiores bilheterias do Japão e autor de mangá (Nausicaa), e vive dessa indústria, é algo bastante desanimador.