As Estrelas Cantam: Hoshi wa Utau é uma das mais recenes novidades da Panini, sendo lançado originalmente na Hana to Yume (casa de Fruits Basket, Angel Sanctuary, Conde Cain, Hana to Akuma e Skip Beat) que é uma antologia shoujo mensal. A série estreou no dia 05 de junho de 2007 e teve o primeiro tankobon colocado à venda no dia 18 de Janeiro de 2008.
Atualmente conta com nove volumes e está em reta final no Japão. O mangá teve um Drama CD lançado no dia 24 de fevereiro de 2010, mas ainda não há série animada ou dorama. Hoshi wa Utau foi lançada na França pela Editora Delcourt, na Espanha pela Norma Editorial, nos Estados Unidos pela Editora Chuang Yi e na Itália pela Editora Panini.
A obra conta a história de Sakuya Shiina, uma jovem que vive na casa de seu primo Kanade. Sakuya além de estudar trabalha meio-período para pagar parte das despesas da casa, enquanto isso, Kaname se dedica apenas à olaria. Ele é visto pelos vizinhos e pelos pais dos colegas de Sakuya como um vagabundo que se aproveita de uma menor de idade para não fazer nada além de se dedicar a um hobby pouco lucrativo.
A história começa a se desenvolver quando um rapaz estranho chamado Chihiro aparece no jantar de 18 anos de Sakuya. Ela pensa que ele é um amigo de seu primo e não faz nenhum comentário. Eles passam uma noite agradável e Chihiro lhe dá um vestido da cor das pétalas da cerejeira de presente. Quando o rapaz parte para pegar o trem Sakuya resolve lhe acompanhar até a estação. No caminho ele diz à garota tudo o que ela sempre quis ouvir o que a faz se sentir feliz de ter finalmente encontrado alguém que a entenda de todo coração.
A jovem e seus amigos Yuuri Murakami e Hijiri Honjo formam o Hokan, o Clube de Observações Celestes. Hijiro é uma garota alta e bonita e maltrata bastante o pobre Yuuri Murakami (um garoto popular e ótimo jogador de baseball) que está apaixonado pela doce Sakuya.
Na manhã do dia seguinte Sakuya pergunta ao primo onde ele conheceu aquele amigo e ele responde que nunca o viu antes, que ele o enganou se passando por namorado dela. Kaname fica possesso com a cara de pau do garoto e quer queimar o vestido, mas Sakuya prefere guardá-lo e quer encontrar Chihiro de novo para lhe perguntar o motivo de ter penetrado no jantar de comemoração aos seus 18 anos.
O mangá é bastante poético, não tem nada da leveza e humor de Fruits Basket. As Estrelas Cantam trata de um tema meio pesado e não combinou muito bem com o clima escolar, ficou uma sensação de que possibilidades interessantes tenham sido cortadas para se adequar a um público mais jovem. Seria melhor se a história se passasse em um ambiente de trabalho ao invés de uma escola. Acredito também que se a obra fosse lançada em uma revista josei ou em alguma shoujo com recorte mais maduro, As Estrelas Cantam: Hoshi wa Utau poderia ter sido trabalhada de uma forma melhor, com mais liberdade.
Apesar de ser mais uma história sobre o primeiro amor de uma garota, a atmosfera do volume inicial é sombria e poética demais para ser lançada em uma antologia shoujo como a Hana to Yume. No segundo volume as situações ficam mais leves e os personagens secundários se desenvolvem mais. O lado sombrio da história é deixado um pouco de lado e a história toma um rumo mais positivo, apesar de ainda ser cheia de “angst”.
A arte está competente já que Natsuki Takaya, não é conhecida por essa característica. Falta emoção às expressões dos personagens, todo mundo é muito apático, tirando o animado Yuuri. Os cenários são poucos e as retículas estão lá, mas são bem escuras e não muito delicadas. A diferença entre o mangá publicado na antologia e o encadernado é muito perceptível, a autora deu muitos retoques e criou alguns novos quadros para a versão tankobon.
A Panini optou por traduzir o nome da série para o português e deixar o título original em menor destaque embaixo do brasileiro. Como o nome original é complicado parece ter sido uma boa opção, apesar do título em português soar um pouco como título de novela. Os honoríficos foram mantidos e está tudo bastante fiel ao original. Em uma cena eles adaptaram “tirar no janken” como “sortear”, eu reclamaria que é um exagero adaptar uma coisa dessas e praticamente todo mundo sabe o que é jan-ken-pon, ou melhor, pedra, papel e tesoura, mas o balão é tão minúsculo que não caberia escrito “vamos tirar no janken”, então “vamos sortear” foi uma boa opção, de outra forma o texto ficaria ilegível de tão minúsculo.
O mangá foi lançado em formatinho, como os outros títulos da Hakusensha. O problema é que ele come as beiradas das páginas, as vezes isso dificulta a ler um balão que fica próximo à borda. Acredito que não há meio de aumentar a margem nos formatinhos, então a Panini deveria pensar na possibilidade de abandoná-los para novas séries. A edição é competente como sempre e não dá pra notar as diferenças entre os pedaços originais e os editados das retículas. A capa brasileira se manteve quase fiel à capa original, e também há ilustrações coloridas no verso das capas.
Dou uma nota sete para o título, é um bom drama, é competente e melhora notavelmente no segundo volume, mas poderia ter sido melhor se a autora tivesse se arriscado mais e almejado um público mais velho.
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eis um aviso que certamente deveria constar
em certos mangakas folgados que existem no japão
mas o mangá em si parece promissor, darei uma chance.
:smile: :smile: :smile: :smile: :smile: :smile:
É um mangá bom, mas eu achei o volume 1 dramático demais, chegando a ser chato. E foi bem difícil ler alguns balões no canto, pelo formato escolhido.
A cura, o mangá está em reta final no Japão, risco de cancelamentos não há mais, se houver alguma paralisação (dúvido), será por pouco tempo, deve dar tempo de sair todos os volumes no Japão antes de paralisar.
Lucas, pois é, eu acho que esse problema é pq a história não tem um tema muito shoujo, então as coisas ficaram meio que uma lambança no começo, mas a Natsuki Takaya-sensei parece ter encontrado uma direção no segundo volume. Só espero que ela dê mais espaço aos coadjuvantes, pois eles são mais interessantes que a protagonista.
Eu sou suspeita a falar, sou muito ligada à essa autora. Tudo que ela escreve me lembra muitas situações das quais passei, então, eu achei maravilhoso xD
Mas concordo, no primeiro volume eu imaginei, pela situação e pela forma que agiam, um pouco mais velhos do que são. Situações colegiais é um ponto marcante de Natsuki, pois ali ela explora os personagens em convivências sociais, mostrando como cada um tem um jeito de ser diferente no particular, mas combinaria bem mais com locais de trabalho.
Fora que é impossível ver Yuuri e não lembrar do Kyo, bem como ver no Kaname o jeito do Hatsuharu (ambos de Fruits Basket). Talvez seja porque eles dão essa quebrada no clima do mangá, levando pro lado mais cômico (bem como aquele ar de “vão relevar algo mais”), o que eu até gosto, mas parece que Fruits Basket é o resumo de todas as personalidades que a mangaká imagina para uma história completa. Se olhar para os outros títulos dela, todos os personagens se encaixam com um ou + personagens daquele.
De qualquer forma, eu adorei todos os personagens, principalmente a Sakuya *-* todos os mangás de Natsuki Takaya são os únicos que me fazem rir, chorar e refletir em um mesmo volume, por mais bobagem que pareça xD Adoro³
Espero que quem compre não se arrependa, ou, pelo menos, não ache de todo mal \o/
Ah, e para que não ficasse tão gigante a ponto de ninguém parar e dar uma olhada, eu quebrei o comentário xD Eu esperava por essa resenha e, apesar de não ter sido como imaginava, eu gostei muito (:
Talvez eu seja uma das poucas pessoas que gosta da edição da Panini, pois comprei tantos mangás pela JBC que eles separavam as sílabas (ou juntavam) erroneamente, me fazendo decifrar o que estaria escrito, que fico mais tranqüila com um mangá da Panini nas mãos.
E na questão de atraso, o único que me fez surtar foi o último volume de Chrno Crusade xD O volume 12 de Trinity Blood – o último, que já saiu até – nem na internet tem, logo, não me preocupo com a saída pela Panini.
Espero continuar com essa maré de sorte com a editora xD
Sim, achei a Hijiro uma ótima personagem. A principal é muito dramática e não parece ter 18 anos… xD Aliás, o volume dois foi bem melhor.
tem uns 3 meses que comprei, mais ainda não li por falta de tempo. :crying:
Ótima resenha!
Fiquei impressionado de ver como a capa brasileira ficou melhor que a original. apesar de que acho que o “Hoshi wa Utau” poderia muito bem ter ficado na parte de cima e o “As Estrelas Cantam” na parte inferior daquela linha lateral, mais ou menos no mesmo tamanho.
Quanto à história, não me animou muito… Cheguei a ver o volume 2 na banca esses dias mas já tenho títulos demais para comprar! xD
Pior que eu tinha procurando esse mangá nas bancas…e achei quase todos os que sairam…menos esse…U_U
Esperando resenha de Wolf’s Rain D:
Yuuki, muito obrigado pelos comentários, aliás, acho legal a comparação entre personagens de diferentes obras.
Valeu, Marco. Eu não muita diferença entre as duas capas, mas como a Panini se manteve fiel ao estilo original eu gostei, mas não achei nada demais, confesso.
Tiago, não se apresse em ler, leia em um dia que vc estiver com vontade de ler um drama, se vc não está no clima pra ler a história não leia, conselho.
Dobrô, a resenha de Wolf’s Rain só sai quando o segundo volume sair, já que é um mangá curto é melhor analisar tudo de uma só vez. Por enquanto a resenha de Sugar Sugar Rune está quase pronta pra vir pra cá e eu estou coletando informações sobre Brave 10 (difícil, eta mangázinho que ninguém liga em escrever nada a respeito).
Sei lá, eu achei muito bom o primeiro volume…
Tirando o formatinho…^^
Um mangá excelente. Sou muito fã da Natsuki Takaya desde Fruits Basket, então estranhei um pouco o primeiro volume, muito drama e uma atmosfera bem diferente, apesar de ser um ambiente escolar.
Porém, a autora conseguiu me cativar, colocando um romance/drama instável que nos instiga a ler mais e mais, ansioso pelo o que acontece.
Indico a todos, ainda mais que está em reta final no Japão, ou seja, um volume curto (com 12 volumes no máximo, acho), e realmente singular, como todo mangá de Takaya. :3