*Ler com voz de narrador de traduções de músicas românticas*
Esta é uma coluna independente. O JBox não se responsabiliza pelos danos mentais causados pelas sandices aqui contidas. E se você não conseguir detectar a ironia em certos trechos do texto, digo antecipadamente: São Piadas. Não me xinguem por isso. Ou me xinguem, sei lá, quem sabe são vocês… Mas não me processem por achar que Evangelion é um porre (porque é mesmo).
Vocês otakus (e não-otakus) de hoje em dia são sortudos, sabiam? Jogar atualmente é um prazer para todos, independente de sua plataforma favorita.
O Nintendo DS (Rest in peace para a tela superior do meu), tem Dragon Ball Origins e Digimon World DS; o PS3 e o X360 tem os mais recentes Naruto Shippuuden: Ultimate Ninja Storm; o PSP tem bons títulos da série Ikkitousen (mas que dão vergonha de serem jogados em público e vocês sabem o motivo, e se não sabem, por quê estão aqui?), o Wii tem… Sei lá, o que o Wii tem de bom? Joguei menos de 10 jogos do console e a maioria eram bombas abissais. Até o Kinect ganhou o Dragon Ball Z: Vergonha Alheia, digo, Dragon Ball Z Kinect.
O fato é que a qualidade dos jogos de anime de hoje em dia é relativamente boa. Já que na saudosa era do NES, a coisa era bem diferente…
Sim, você pode até encontrar bons jogos de anime no finado console, mas só se procurar bem. O fato é que recebíamos bombas abissais por semana, nas quais o esforço dos programadores para ir pra casa era notado na falta de qualidade dos trabalhos.
Diabos, o Macross de NES me assombra até hoje com sua mecânica falha… Malditos! E quanto menos falarmos de Transformers: Convoy no Nazo, melhor.
Mas bem, nos anos 1980, um tal de Akira Toriyama (você não deve conhecer, ele não é muito famoso…) criou um mangá que acho que muita gente não conhece, mas guardem esse nome: Dragon Ball – que dizem ter sido um sucesso estrondoso lá no Japão, e como todo sucesso, ganhou sua versão de Acetato (vulgo animação). E como todo anime de sucesso, Dragon Ball ganhou uma pancada de jogos no NES (8, entre 1986 e 1993), mas o que vamos ver hoje foi a estréia de Goku nos consoles.
Dragon Ball: Shenlong no Nazo (神竜の謎, Dragon Ball: O Mistério de Shenlong) foi lançado em 27 de novembro de 1986 e foi desenvolvido pela TOSE Software (responsável pela série Densetsu no Stafy e por uma pancada de jogos pelos quais não são creditados) e cobre o início de Dragon Ball até a batalha contra o Pilaf. Depois tem algumas coisas também, ou não, sei lá, o fato é que eu não vou tentar enrolar vocês porque eu mal passei da primeira fase do jogo. E não, não o jogo não é difícil, ele é mal programado mesmo, continuem com meu raciocínio um pouquinho mais adiante.
A princípio o game parece legal, você tem uma visão aérea e detona inimigos com socos. Às vezes você acha alguns itens de cura (a vida é medida pela fome do Goku, quanto menor o HP, maior a fome, se chegar a zero, Game Over) e pode encontrar coisas pra disparar Kame-hame-has e o Bastão do Mágico (benção pra atacar à média distância). O que você tem que fazer é bater em meliantes e chegar no chefão, igual você fazia em Castlevania, Streets of Rage, etc, mas quando chega no chefe a coisa muda MUITO, porque até aqui, é um jogo divertido, mas…
Shenlong no Nazo se torna extremamente chato e frustrante nas batalhas contra chefes: a visão muda pra lateral e você tem que bater nele até que o inimigo morra, só que a detecção de colisão é um cocô (isso pra não descer o nível e descambar para três parágrafos inteiros só com palavrões). Você não sabe quando o chefe morre até o Goku pular feito um retardado.
Sério, tipo, é rezar muito para vencer, porque enquanto o chefe te acerta golpes com facilidade você vai ficar lá: “Vai!” “Acerta!” “Pelo amor de Deus, Acerta!” “*censurado*” “*muito censurado*” “*eita menino boca suja, censurado*” e a coisa só tende a piorar.
Isso porque não citei por exemplo na primeira fase, no trecho final você é interrompido por falas da Bulma (e o jogo para, entra a fala e volta).
Graficamente, por ter sido lançado em 1986, o título não faz feio. Não é lá grandes coisas, mas considerando que tivemos aberrações piores lançadas depois, o jogo é bonito e conta com gráficos bons para a limitada palheta do NES. E importante: o Goku é levemente reconhecível.
Nos sons, aquele monte de chiptunes legais do NES (é, o jogo não é ruim nisso), incluindo uma versão lenta da abertura do anime, Makafushigi Adventure, na tela das falas da Bulma. Os efeitos sonoros são descartáveis, já que eram outros tempos, mas ao menos não são aqueles terríveis ruídos de alguns jogos.
Geralmente quando escrevo sobre jogos, é aqui que eu termino, mas… And Welcome to America…
Dois anos depois de seu lançamento nipônico, os engravatados da Bandai resolveram exportar o jogo para os Estados Unidos, mas lá Dragon Ball ainda não era famoso. O que fazer? Todo mundo sabe que DB foi fortemente influenciado pelo épico chinês “Jornada ao Ocidente”, então porque não pegar o caminho inverso?
Foi mais ou menos nesse sentido que a empresa trabalhou na localização de Shenlong no Nazo, alterando levemente os sprites de Goku e alterando nomes. Assim, Goku virou Sun Wukong (mas sendo um garoto ocidental com rabo, ao invés do Rei Macaco), Bulma virou Nora, Oolong virou Pudger, Yamcha virou Lancer e o Rei Cutelo virou King Ox, além de Pilaf ter sido rebatizado de Midas. As Dragon Balls viraram Crystal Balls e o jogo se transformou em… Dragon Power!
Com exceção da tela título sem criatividade nenhuma, a capa americana tosca e as mudanças que fizeram o jogo perder o pouco sentido que tinha, continua a mesma porcaria, mas bem… É a vida, não?
Concluindo meu texto, passe longe de Dragon Power ou Dragon Ball: Shenlong no Nazo, pois apesar das notáveis qualidades que possui, a falha gritante põe tudo a perder e com certeza você vai jogar o joystick na parede de tanta frustração. Além do mais, perdi meu tempo jogando, não faça isso menino!
Até a próxima! Prometo que volto com um jogo melhor, cujo anime é um tanto obscuro.
Avaliação do Jbox: 38%
Pontos fortes: Nenhum que se destaque
Pontos Fracos: Jogabilidade instável, Mudanças na versão americana, Colisão de Merda, Música enjoativa.
Sem querer pagar de fanboy, mas parei de ler quando falou mal do Wii tendo jogado meia dúzia de jogos.
Eu não falei mal do Wii, falei mal dos jogos MEIA BOCA do Wii, e o jogo tem as dezenas. E sim, eu sei que o wii tem jogos ótimos, mas ora bolas, aonde está o seu senso de humor, peregrino?
esqueceu de dizer que os sprites que vc colocou são da versão americana
Kyo:
A Culpa é do Tio Cloud *aponta*
Boa matéria, dotô. Apesar de ser um jogo já muito comentado inclusive em revistas.
sempre os americanos, pegando o que é bom (ou o que NÃO é bom… ¬¬) e transformando em algo escroto XD
…
jogos feios tem até hoje, e na epoca do NES o ponto crucial dos jogos era a jogabilidade, pois graficamente era tudo quase que igual ¬¬
Rockman, Metal Gear, Castlevania, Final Fantasy (II e III, o I era ridiculamente lento XD) são exemplos de jogos “cool” do NES. ^^
…
bela postagem, dessa “perola” XD
Não é por que VOCÊ não gosta de evangelion que ele é um porre!
:angry:
Já tinha lido a respeito deste jogo e de outros da franquia Dragon Ball…mas será que esse jogo chega a ser pior que o anime Dragon Ball Kai? Ou tão sonolento quanto o Desencontro com a Chátima?Ou porre igual a Horário Político? Off.: Já que alguém falou na versão norte-americana de Metal Gear do Nintendinho, até hoje Hideo Kojima tem pesadelos com esta versão…Americanos e sua mania de avacalharem com tudo…
O jogo não é tecnicamente ruim, o que F*de com ele são as batalhas contra chefe/subchefes, que são chatas, nem mesmo a versão americana seria ruim, ela só piorou retirando o sentido.
Olha, quanto a ser pior que Dragon Ball Kai… Só jogando mesmo pra saber, eu não passei do episódio I de DB Kai (ei, minha internet é limitada). Quanto a Metal Gear, acontece que ela foi programada pela Ultra Games (divisão Norte Americana da Konami, responsável por alguns jogos do NES) e não tinha relação alguma com o original de MSX (dois jogos completamente diferentes), mas pelo menos não foi cagado total igual a Snake’s Revenge (continuação de Metal Gear)
Seu texto tenta ser engraçadinho, mas no final é só bem amador.
Continue tentando.
Sou fã de Dragon Ball. Dragon Ball Kai é ruim. Essa matéria ta pior que Dragon Ball Kai :tongue:
Se vocês querem um bom jogo baseado em anime – para NES/Famicom – , baixem “Kyatto Nin Den Teyandee” (conhecido no ocidente como “Samurai Pizza Cats”)! :wink:
Achei a matéria bem interessante, realmente DB: Shenlong no Nazo é um jogo um tanto quanto estranho, mais é aceitável pros padrões da época que foi lançado. Mas realmente é um jogo que deve ser evitado.
Agora a versão americana putz, acho que isso de alguma maneira deveria se apagado da memória das pessoas, serio não da nem pra comentar o que fizeram nesse jogo.
Mas como disse boa matéria, continue assim.
Meu caro Kyo, achei a matéria bem mediana, sério que com o “pequeno” catálogo de jogos que DB tem você escolheu escrever justo sobre esse? Teria mais sentido se você falasse um pouco de cada jogo (mas a matéria ficaria enorme =p).
Além do mais, sempre que escrever sobre jogos “das antigas” como esse, é preciso levar em consideração a enorme limitação dos consoles da época.
No mais, eu apóio uma coluna de games no Jbox, boa sorte nas próximas matérias ^^
O jogo Dragon Ball Kai Ultimate Butoden do DS é muito bom, mas a comparação que foi feita foi com o anime.
O Wii tem Budokai Tenkaichi1/2/3,sendo que o 2/3 pra muitos é o melhor jogo de luta que Dragon Ball já teve.Também tem um jogo baseado na saga do Goku criança.Pra quem é fã de Dragon Ball,é melhor que os fracos jogos (de DragonBall)pra PS3 e 360.
Também tem a continuação da série Naruto Clash of Ninja de Gamecube,que são os Clash of Ninja RevolutionI/II/III.Os jogos são tão bons quanto os Ultiamte Ninja Storm,aliás são melhores em alguns aspectos.
Além disso tem jogos muito bons de One Piece,os dois Unlimited Cruise,que são muito bons,principalmente pra quem gosta da série.
De jogo baseado em anime/mangá,o Wii sobra em possibilidades.Sem falar em Bleach,Katekyo Reborn e Gintama.Só de ter jogos bons de One Piece já é uma maravilha.
Viu? Alguém me provou por A+B que o Wii tem bons jogos baseados em Anime, basta usar argumentos simples, sem precisar colocar meu nome na boca do sapo nem ofender a santidade de minha mãezinha! :p
Respondendo ao comentário, por partes:
Dragon Ball – Não sou muito chegado a Budokai Tenkaichi, particularmente prefiro a série Budokai, e o Revenge of King Piccolo é dito como um bom jogo, mas como meu outro PC (que uso pra emular Wii) tá com um probleminha de vídeo, ainda não joguei.
Naruto: Não joguei ainda os Clash of Ninja, tampouco os UNS (gamer pobre é tenso), então me abstenho de comentários para não defecar pela boca
One Piece e o resto De One Piece só joguei mesmo o Grand Battle 2 do PS1 (e um do PS2 que esqueci o nome), mas eram bons jogos… E olha que não curto OP, Reborn eu tenho ataque epilético quando lembro do jogo do PS2 (um fighting game que engrossa contigo NA PRIMEIRA LUTA é porque tem algo errado)
mesmo vc fazendo uma critica um tanto quanto … ácida à evangelion , faz rum “dedo no joystick” do jogo de evangelion pra n64
kkkkkkkkkkkkkkkkkk ri pacas com o “Acetato (vulgo animação)”
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ele já está na minha lista (na verdade estou escrevendo o artigo agora, irá ao ar depois do de Hamelin no Violin Hiki do SNES que só tá aguardando a edição final do Tio Cloud), e quanto a Evangelion, nós não fomos feitos um para o outro (ao menos no anime, já que eu gosto daquele shoujo que a Conrad publicou aqui) XD
Matéria legal, nunca tinha ouvido falar desse jogo! Pra mim o melhor jogo de DB até hoje é o de GBA: Dragon Ball Adventures. Side-scroll muito bem animado/programado e ainda conta com modo Torneio de Artes Marciais! Evangelion é um dos melhores animes que já assisti, mas cada um tem seu critério. Só li esse texto grande(+20 comentários) porque é sobre games!!!
De fato Evangelion é uma boa animação, eu apenas acho ela um saco (to no meu direito de não gostar de algo)
………………….. Sou só eu que quando vi a imagem do jogo pensou que se tratava de um jogo com um indio? Enfim, boa matéria. Dragon “Power” recebeu uma capa um tanto estranha no ocidente podiam ao menos combinar com as roupas do protagonista -.-