Após bater na trave no ano passado, quando viu o prêmio ficar com Kohei Horikoshi e o badalado My Hero Academia, o mangá de Kamone Shirahama, Atelier of Witch Hat (Witch Hat Atelier, nos EUA), foi eleito Melhor Mangá na tradicional premiação americana, Harvey Awards. Inaugurada em 1988, a cerimônia passou a eleger as melhores histórias em quadrinhos japonesas a partir de 2018, quando Minha Experiência Lésbica com a Solidão (My Lesbian Experience with Loneliness, nos EUA), de Kabi Nagata, venceu a disputa.

Neste ano, o páreo foi composto por O Homem sem Talento (de Yoshiharu Tsuge), The Poe Clan (de Moto Hagio), The Way of the Househusband (de Kousuke Oono) e H.P. Lovecraft’s At The Mountains of Madness (de Gou Tanabe). Com exceção do primeiro, publicado pela Veneta, os mangás ainda não vieram ao Brasil. A JBC já trouxe no passado outra adaptação de Gou Tanabe para a obra do H.P. Lovecraft, chamada O Cão de Caça e Outras Histórias.

Por conta da pandemia, a cerimônia deste ano ocorre de forma digital na próxima quinta-feira, dentro das transmissões ao vivo da New York Comic Con, que acontece de 8 a 11 de outubro

Os três vencedores do prêmio que leva o nome do cartunista Harvey Kurtzman, por outro lado, já estão publicados no Brasil. O atual vencedor é licenciado pela Panini, enquanto My Hero Academia saiu pela JBC Minha Experiência Lésbica com a Solidão é da NewPOP.


Fonte: ANN


Atelier of Witch Hat

Capa do 1º volume de Atelier of Witch Hat

Capa do volume 1| Divulgação: Panini

Atelier of Witch Hat (Tongari Boushi no Atorie) é uma obra de fantasia, publicada no Japão desde 2017 na revista seinen Morning Two, da editora Kodansha, já com 7 volumes encadernados.

Nele, acompanhamos as aventuras de Coco, uma menina que mora em um pacato vilarejo e sonha se tornar uma maga. O problema é que, em tal mundo, isso é impossível caso a pessoa não nasça com esse dom. As coisas começam a mudar quando um mago que visita sua aldeia a torna sua discípula, de modo a ajudá-la após Coco se tornar responsável por um ato trágico causado por suas práticas mágicas escondidas. A partir daí, a menininha descobre um mundo que ela nem passava perto de imaginar que existia.

No Brasil, o 7º volume foi lançado este mês, encostando na edição japonesa.


O Homem sem Talento

Capa de ‘O Homem Sem Talento’. | Divulgação: Veneta

O Homem sem Talento (Muno no Hito) é uma criação de 1985 de Yoshiharu Tsuge, reconhecido por ser pioneiro de um movimento chamado de watakushi, que consiste em trazer histórias autobiográficas que reflitam vivências do autor.

Sinopse pela Veneta: O protagonista, alter-ego do desenhista, é um autor de mangá que se recusa a comprometer seu trabalho e ceder às pressões da indústria editorial. Diante das vicissitudes da existência, ele parece determinado a tornar sua vida uma estranha ode ao fracasso, vendendo pedras retiradas de um rio perto de sua casa. Pedras que ninguém parece ter interesse em comprar. De maneira lenta, mas persistente, o “homem sem talento” se coloca à parte de uma sociedade que não lhe interessa mais, enquanto sua esposa insiste em vão para que ele encontre uma maneira de dar uma vida digna à sua família. Ao longo das páginas, Tsuge transforma essa história de fracasso em um poema assustador e desesperado, mas com um toque de humor e uma irônica redenção.


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