O mangá Isekai Tenseisha Goroshi -Cheat Slayer- (O Assassino de Transportados de Outro Mundo – O Matador de Trapaceiros, em tradução livre), com roteiro de Homura Kawamoto e ilustrações por Aki Yamaguchi, foi cancelado após o primeiro capítulo. Agora, alguns mangakás vieram a público se pronunciar sobre a obra, incluindo seu roteirista.

Kawamoto se desculpou, dizendo:

“Peço desculpas por toda a dor, preocupação e agitação que causei a  todos os envolvidos nesse incidente. Criei uma obra que faltou a devida consideração, e estou envergonhado por causar um incidente como este. Seguindo em frente, minha vergonha e minhas ações me encorajarão a criar trabalhos melhores. Lamento profundamente.”

Rifujin na Magonote, autor da light novel Mushoku Tensei, uma das obras parodiadas no mangá, disse:

Fazer dos assim chamados “protagonistas trapaceiros de isekai” de vilões e os colocar fazendo coisas ruins ← Sem problemas

Criar personagens que parecem que foram nitidamente tirados de outras obras ← Não direi que não é um problema, mas não é um problema tão grande

Criar personagens que parecem ser personagens nitidamente tirados de outras obras, e então os transformar em vilões e os colocar para fazer coisas ruins ← Isso é cruzar a linha

Fuse, autor de That Time I Got Reincarnated as a Slime (cujo mangá é publicado no Brasil pela JBC), disse:

“Sobre o Cheat Slayer, recebi um um pedido de desculpas do departamento editorial da revista Dragon Age.

Para um autor, a imagem dos personagens é importante, então peço para que, se for fazer uma paródia, não exagere!

Peço desculpas aos fãs mas espero que agora tudo se acalme.

Até mais.”

A trama trazia um rapaz que julga aqueles que encarnam em outro mundo e usam trapaças, fazendo uma paródia de séries isekai, contendo personagens muito semelhantes aos de obras conhecidas do gênero. O primeiro (e último) capítulo saiu em 9 de junho, na revista mensal Dragon Age, da editora Kadokawa.

Paródias são permitidas no Japão, mas na prática desde que não sejam intencionalmente ofensivas ao trabalho original (esses casos são frequentemente considerados um desrespeito aos direitos morais de autores).


Fonte: Otaku USA Magazine