Não é de hoje que a Nintendo é alvo de processos por causa do problema de drift no Joy-Con, o controle padrão do Nintendo Switch. Contudo, parece que nada vai para frente, e talvez haja um motivo.

Segundo a Axios, a maioria dos casos ficou emperrado, sendo enviados para mediação. Mas um deles chama a atenção: no caso Sanchez et. al. vs. Nintendo of America, segundo as famílias que entraram com o processo, um mediador definiu que duas mães não podem seguir com a “ação coletiva” – elas ainda estão buscando seguir com algum tipo de processo.

Os advogados da Nintendo argumentaram que crianças não podem processar a empresa, pois não compraram o Switch “e [não?] alegaram dano conhecido a si mesmas”. Além disso, também argumentaram que donos do aparelho concordam com o Acordo de Licença do Usuário Final (ALUF/EULA), que contém uma causa de mediação e uma renúncia em abrir ações coletivas. O EULA deve ser aceito por alguém com mais de 18 anos.

Já a defesa de Sanchez vai seguir tentando representar as crianças, que não estariam sob o EULA por serem menores de idade na tese dos requerentes. O processo foi congelado em 2021 devido à mediação, mas um juiz está previsto para analisar o caso em breve.

Quem tem um Nintendo Switch sabe muito bem do problema de drift comum nos controles: os analógicos muitas vezes acabam “pendendo” para um lado, dificultando a jogabilidade. Consumidores relatam empecilhos para consertar o controle pela Nintendo, embora a empresa aparentemente esteja fazendo o serviço de graça. Aqui no Brasil, aparentemente, ela está trocando os controles gratuitamente para quem enviar um e-mail.

Em 2017, a Nintendo alegou que as falhas eram devido a um problema de produção restrito a alguns poucos Joy-Cons, das primeiras levas do console. Contudo, em 2019, duas ações foram abertas na Justiça americana contra a empresa devido à mesma questão. Uma delas alega que a Nintendo está ciente, mas se recusa a resolver o problema sem cobrar e a outra de que os controles são defeituosos e, portanto, violam as garantias e direitos dos consumidores.


Fonte: Nintendo Everything