Todos têm passagem pela HBO Max, exceto Ajin e possivelmente Mazinger Z, caso seja realmente a série — esses e Okko e Os Espíritos também são os únicos da lista que poderiam não ser filmes.

  • O Rapaz e o Monstro;
  • Ancien e o Mundo Mágico;
  • Além do Céu;
  • Mazinger Z — possivelmente o filme Infinity (2017);
  • Mundos Paralelos;
  • Gintama 2: Quebrando As Regras;
  • Ajin — provavelmente o live-action de 2017;
  • Okko e Os Espíritos — provavelmente o filme.

A dúvida sobre Mazinger Z

Ao menos uma parte dos anúncios da Amazon Prime Video são títulos que já entraram na HBO Max e têm distribuição via Diamond Films, o que leva a suspeita de ser o filme Infinity, ao invés da série. Como a Amazon divulgou a estreia com informações do animê, a informação oficial da empresa até o momento é que é o animê da década de 1970.

A hipótese de haver um erro na comunicação com a imprensa é uma dúvida que a equipe do JBox teve ao fazer a cobertura, uma vez que esse e o anúncio da série clássica de Cavaleiros do Zodíaco parecem discrepantes do resto da lista.

O fato de todos os títulos estrearem no mesmo dia faz parecer que é um pacote fechado possivelmente com uma única empresa, fazendo mais sentido serem os filmes Infinity e A Lenda do Santuário no caso das duas franquias.

Além disso, também parecem que se tratam apenas de estreias de filmes: parece pouco provável que Ajin seja o animê exclusivo da Netflix (como divulgado pelo Prime Video) que ainda está no catálogo da Netflix, aumentando nossa suspeita de que Mazinger Z e Cavaleiros vão chegar com filmes na Amazon Prime Video (e de que podem haver erros no release disparado) — mas reforçamos que trata-se de uma especulação nossa, o anúncio oficial é que são os animês de TV.

Devido ao encerramento do horário comercial, não pudemos ainda sanar essas dúvidas com o streaming ou a potencial distribuidora.


Ajin

A história de Ajin: Demi-Human acompanha o jovem estudante Kei Nagai, que descobre sua imortalidade ao ser atingido por um caminhão. Os “Ajin”, como são chamados os seres imortais, são considerados criminosos, um pretexto para que eles sejam capturados para pesquisas que descubram de onde vêm esses poderes. Kei passa então a ser um procurado, tendo como único apoiador o seu amigo Kaito.

De 2015 para cá, a série rendeu algumas produções animadas, todas tocadas pelo Polygon Pictures (Knights of Sidonia). Ao todo foram 3 filmes em 3DCG, além de 3 OVAs e duas temporadas de uma série com o total de 26 episódios — ambas disponíveis no catálogo brasileiro da Netflix.

Em 2017, um live-action foi exibido no Japão, com direção de Katsuyuki Motohiro.


Além do Céu

Kimi wa Kanata, Over the Sky

O filme de 2020 conta a história de Mio Miyamasu, uma estudante que discute com seu amigo Arata Kishimo sobre os limites entre a Terra e o céu. Porém, desta amizade surge sentimentos mais fortes, que Mio não é capaz de expressar ao sofrer um acidente. Agora no outro mundo, será ela capaz de retornar e se confessar para seu amigo?

O filme tem animação do estúdio Digital Network Animation e direção de Yoshinobu Sena. A distribuição é da TOHO.


Ancien e o Mundo Mágico

Hirune Hime, Napping Princess

A animação do estúdio Signal.MD (Platinum End) conta a história de Kokone Morikawa, uma jovem estudante que frequentemente tem sonhos onde ela encarna uma princesa chamada Ancien. Aparentemente, esses sonhos começam a se misturar com a sua vida real, envolvendo um mistério com o seu próprio pai e o roubo de uma tecnologia.

A direção do longa foi de Kenji Kamiyama (Ghost in the Shell: Stand Alone Complex), com lançamento no Japão em março de 2017. Alguns dias antes, chegou às livrarias de lá a versão em romance, escrita pelo próprio diretor, lançada por aqui pela NewPOP em 2019 com o título de Napping Princess: A Minha História que Eu Não Conhecia. Coladinha com o filme, também veio a edição em mangá em dois volumes, com arte feita por Hana Ichika, publicada aqui também em 2019 com o mesmo título do livro.


Gintama 2

O longa saiu no Japão em 2018 e é dirigido por Yuichi Fukuda, o mesmo do primeiro longa (de 2017).

Na trama, Gintoki, vivido por Shun Oguri, Shinpachi (Masaki Suda) e Kagura (Kanna Hashimoto) ficam sem dinheiro e, para pagar o aluguel do escritório, partem para bicos de meio-período. Em meio a encontros ocasionais com o senhor Xogum e uma divisão interna das forças Shinsegumi, uma conspiração está em curso…

Gintama foi seriado de 2003 a 2019 por Hideaki Sorachi na Shonen Jump durante a maior parte de sua existência. Em setembro de 2018, estendendo a série um pouco além do previsto, passou para a revista mensal Jump Giga, ainda prometendo um “final em breve”. Em fevereiro de 2019, a série foi migrada para um aplicativo oficial da franquia, disponível apenas no Japão e lá os capítulos foram publicados mensalmente até o encerramento em junho (ufa!).

O mangá, inédito no Brasil, já vendeu mais de 55 milhões de cópias e sua trama gira em torno de Gintoki Sakata, um excêntrico samurai que vive num momento tardio e alternativo do Período Edo/Tokugawa (período da história do Japão que durou de 1603 à 1868), no qual a humanidade foi conquistada por alienígenas conhecidos como Amantos, responsáveis por também colocarem uma lei proibindo o uso de espadas no mundo.

A série fez muito sucesso, ganhando uma adaptação em animê, primeiramente produzida pelo estúdio Sunrise. Da quarta temporada (episódio 266) em diante, a produção ficou por conta do Bandai Namco Pictures, com mais 102 episódios O animê está disponível na Crunchyroll, mas parte da série também chegou a ser exibida pela Netflix (com dublagem feita em Miami) e pelo canal pago i.Sat. A obra também possui 2 filmes animados e 2 filmes em live-action lançados. O 1º filme live-action está disponível pelo Looke (confira nossa crítica aqui).


Mazinger Z

Mazinger Z foi criado em 1972 pelo renomado Go Nagai, um dos nomes mais influentes dos quadrinhos japoneses. Foi pioneiro ao estabelecer o conceito de um robô gigante pilotado por um humano numa espécie de simbiose. O plot básico da história acompanha a luta do jovem Koji Kabuto controlando Mazinger Z para enfrentar as tropas do Dr. Hell, um arqueólogo que ficou louco após descobrir um grande poder escondido em ruínas de uma era pré-grega.

Produzido pela Toei Animation alguns meses após o início da publicação do mangá, a série animada original rendeu 92 episódios dirigidos por Tomoharu Katsumata, que trabalhou em outras adaptações de obras de Go Nagai na mesma época, como DevilmanMazinger Z expandiu seu universo com as séries Great Mazinger (1974~75), Grendizer (1975~77), God Mazinger (1984) e o OVA Mazinkaiser (2001~02).

Um remake de 2009 chegou a ser exibido por aqui pela Netflix, com o título Mazinger Edition Z: The Impact!, enquanto o extinto canal Animax exibiu uma espécie de paródia de 2004 chamada Panda-Z: The Robonimation. Nos cinemas, o filme Mazinger Z: Infinity foi exibido em 2018, chegando posteriormente em plataformas digitais com dublagem em português.


Mundos Paralelos

Ashita Sekai ga Owaru Toshitemo, The Relative Worlds

Mundos Paralelos tem direção de Yuhei Sakuragi (o mesmo de Ingress) e usa uma técnica desenvolvida pelo Craftar que reproduz o visual da animação manual tradicional em modelagens de computação gráfica (uma evolução da técnica conhecida como cel shading). Fundado em 2013, o estúdio participou das séries Garo: Vanishing Line e Inuyashiki, dando suporte em cenas específicas, antes de partir para as produções próprias.

Para entender melhor a origem do filme, temos que voltar a 2017, quando o Craftar lançou uma animação em duas partes direto no Hulu, intitulada de Souta Sekai (que internacionalmente virou The Relative Worlds, ou “Os Mundos Paralelos”, em tradução livre).

Em 2019, a história foi readaptada em um filme longa-metragem, com o título de Ashita Sekai ga Owaru Toshitemo (Mesmo que o Mundo Acabe Amanhã, em tradução livre) — no fim das contas, lançaram este longa com o mesmo título internacional da versão de 2017.

No filme de 2019, vemos a história girar em torno de um casal de amigos de infância, Shin e Kotori, que agora estão no 3º ano do colegial. Shin perdeu sua mãe quando criança (na versão de 2017 ele perde o pai), o que o torna alguém bem introvertido com o mundo ao redor, então Kotori está sempre ao seu lado, cuidando dele. Um dia eles são confrontados por uma espécie de “versão alternativa” deles mesmos.


Okko e os Espíritos

Waka Okami wa Shougakusei, Okko’s Inn

Okko’s Inn é inspirado em uma série de livros infantis de Hiroko Reijou, com ilustrações por Asami, que teve 20 volumes publicados pela editora Kodansha entre 2003 e 2013. A trama traz Oriko Seki (“Okko”) indo morar na hospedaria de sua avó após a morte de seus pais. Lá ela encontra o fantasma de uma criança descalça, que a encoraja a se preparar para herdar e cuidar do estabelecimento. Então ela começa a se preparar para receber qualquer tipo de hóspede.

A série inspirou uma animação de 24 episódios e este filme, produzidos pelos estúdios DLE e Madhouse (Death Note), ambos lançados em 2018 no Japão.


O Rapaz e o Monstro

The Boy and the BeastBakemono no Ko

O filme de Mamoru Hosoda nos apresenta dois mundos que não se cruzam, o dos humanos (o bairro de Shibuya) e o dos “bakemono” (chamado de Jutengai). Ambas as realidades possuem um personagem solitário, um garotinho na primeira e uma “besta” no segundo. Um dia o moleque acaba se perdendo em Jutengai e passa a ser discípulo da fera Kumatetsu, sendo então nomeado Kyuta.

Em uma coletiva de imprensa em Tóquio, Hosoda contou que escolheu Shibuya como palco de sua história por acreditar que existem coisas emocionantes escondidas em um “bairro de aventura”. Ele ainda acrescenta que estranha não ver o lugar com frequência em animações, apesar de ser um nome famoso, garantindo um belo cenário cinematográfico para um romance.

O longa também teve passagem pela Netflix.


Fonte: IGN