Acredite ou não, o jogo de hoje carrega uma grande ironia. A franquia Fate começou como uma eroge novel que em seguida ganhou um game doujin de luta.
Como lá no Japão, os doujins não interferem negativamente nas séries, a vida seguiu até Fate ganhar um anime em 2006 (é claro que como Kanon e Air, perdeu seu conteúdo erótico na transcrição pra animação) e em meados de 2007, Fate/Stay Night era popular a ponto de ter mais material de merchandising que séries mainstream como Naruto e Bleach, por exemplo.
Em 2008, a Capcom resolve produzir um jogo de tuta baseado em Fate/Stay Night, e para isso, chamou o estúdio Eighting (que criou também uns tais de Tatsunoko vs Capcom e Marvel x Capcom 3), um dos dissidentes da antiga Toaplan (criadora de clássicos como Zero Wing e Tiger Heli). E bem, daí surgiu Fate/Unlimited Codes.
Vou ser sincero, nunca assisti Fate/Stay Night. Com os horários que o finado Animax tinha na época era difícil, e não tenho saco pra baixar legendado. Então, vamos lá improvisar: o Santo Graal é uma relíquia de poder inestimável, e por isso, todos a querem (valeu, capitão óbvio).
Então, como acontece no Japão toda sexta-feira, os personagens se encontram e caem na porrada. Mas vamos admitir que é muito estranho a Saber ficar segurando porra nenhuma como se fosse uma espada (sim, eu sei que é uma espada de Ar). E assim, os personagens trocam tapas num jogo de luta bacana.
O título usa 3 botões de ataque (golpe fraco, médio e forte), numa jogabilidade que é 90% 2D (exceto a esquiva, que mostra o pouco 3d usado na jogabilidade).
Há uma barra de especial que se divide em 3 partes e pode ser usada para ativar o modo EX, que recupera a energia e permite executar um especial mais forte. Há também, em alguns casos, ítens do personagem em questão que podem ser usados, como as Safiras Mágicas (ou bolinhas, ou bolovo, sei lá o nome que isso tem) da Rin ou as esferas da Bazett, mas há um número limitado de vezes que pode ser utilizado.
Cada personagem possui um estilo diferente de jogo, usando-se de armas ou projéteis. No caso de alguns deles, vai na mão mesmo (e adoro fazer isso com a Bazett). Os especiais e golpes normais são de fácil execução, já os combos mais longos precisam de certo tempo de aprendizado… Ou de uma boa improvisada!
A dificuldade é de média para difícil, mas é preciso estar atento, pois a CPU às vezes (principalmente no 4º, 7º e 8º oponentes) apela muito e realizará combos nos quais tudo que você faz é chorar e chamar pela sua mãe.
Os cenários mereceriam um acabamento um pouquinho melhor, estão muito bonitos, mas percebe-se que poderiam ser mais caprichados. A Type-Moon supervisionou a construção deles, para manter fidelidade a série. Os personagens foram muito bem feitos, num 3D bacana, com poucos serrilhados aparentes, ao contrário de outros jogos de anime aonde os modelos dos personagens parecem saídos do PS1.
Antes de começar o modo arcade (após escolher o personagem), há um prólogo com diálogos e uma imagem estática, que conta a motivação/objetivo do personagem. E após vencer o último oponente, há o epílogo, mas como o texto é todo em japonês (a versão de PSP foi lançada como download digital aqui no ocidente, então aproveite! Se você tem um PSP, compre!)
A trilha foi muito bem trabalhada, destaco aqui o tema da batalha entre Rin e Saber (4ª oponente na linha da Rin), sério, eu ri ouvindo a música e não me concentrei direito na batalha. Os temas são em geral bem legais, e também destaco o de abertura, ‘Code’ que é muito bonito.
O cast de dubladores tem vozes conhecidas (de quem já pelo menos procurou saber de algun seiyuu), como Shinichiro Miki (vulgo Kojiro/James, de Pokémon), Tomokazu Seki (Joe em Viewtiful Joe), Shizuka Ito e Kana Ueda, ou seja, o cast da série animada mesmo.
Um game que ficou acima das minhas expectatívas, pois a maioria dos jogos baseados em animes tem tendência a serem feitos nas coxas e o resultado não ser grandes coisas. A dificuldade média/alta atrai os mais experientes em jogos de luta. Recomendo.
Avaliação JBox: 85%
Aviso: A partir da coluna 31, serão reviews em vídeo, logo a periodicidade diminuirá.
muito show o game realmente, ainda jogo ate hoje no meu PSP…
E aquelas Missões quem fez 100% realmente e muito phoda.
exceto que quem quiser jogar a versão em ingles do PSP va ter que ser pirata mesmo já que o jogo não tá mais disponível já que os direitos da Capcom expiraram…(tão vendo que jogo vendido só por download não é tão vantajoso assim?)
bem, para quem já comprou o download continua na psn para rebaixar quantas vezes quizer; mas é de fato um fator contra a venda por download
Eu gosto escrito…