O gênero dos J-RPG’s está num marasmo total pois enfrenta um dilema. Boa parte do público ocidental que acompanha o gênero desde a explosão Final Fantasy VII (mesmo havendo muitos títulos sensacionais antes deste, temos que admitir que FF7 ajudou um bocado na popularização dos RPG’s japoneses) cresceu e basicamente não enxergou qualquer evolução na estrutura.
É claro, que tivemos muitos bons J-RPG’s, mas o gênero enfrenta o mesmo problema dos FPS’s: mais do mesmo. No meio disso tudo, o criador de Kingdom Hearts, Tetsuya Nomura, juntamente com o ilustrador Gen Kobayashi e o estúdio Jupiter, produzem uma das maiores pérolas do Nintendo DS em termos de RPG: The World Ends With You.
Primeiramente, esqueça as convenções padrão de J-RPG como espadas, armaduras e cenários medievais. Tudo em The World Ends With You é contemporâneo.
Você é Neku, um garoto que desperta em Shibuya sem se lembrar de nada, nem o próprio nome e descobre que está num jogo. E logo que acorda, recebe a seguinte mensagem: “Vá até o 104. Falhe e será eliminado. Assinado, Os Shinigamis.”.
O jogo é dividido em capítulos, e em cada um deles, o jogador terá um parceiro diferente e descobrirá aos poucos o que aconteceu, e como Neku foi parar naquele local. A história, como padrão de RPG’s da Square por si só já é capaz de manter o jogador grudado, mas será que o game se sai tão bem quanto o enredo?
A jogabilidade é complexa de explicar e simples de executar. Os elementos basicos de um RPG estão lá, quests, andar de um lado para o outro, matar monstros, equipamentos, armas, mas de uma maneira… Peculiar. Como dito cada capítulo contém um parceiro para Neku e cada um tem um estilo único de combate. Mas antes de falar isso, explico a mecânica das batalhas nos parágrafos a seguir.
Você terá dois personagens para controlar, Neku na tela de toque e um parceiro na tela superior. Neku pode equipar vários pins (bottoms) em quatro decks diferentes, e evoluí-los. Os pins são de marcas diferentes, e ganham bônus de ataque conforme a região que você está (isso vale para os equipamentos também).
Existem diversos tipos de pin e cada um se utiliza de um jeito. Não tem muito segredo, basta equipar aquele que mais se adapta ao seu estilo de jogo.
O seu parceiro é controlado na tela de cima, o que o obriga a ter a atenção dobrada, pode-se usar tanto os direcionais, ou os botões de face do DS (se você for canhoto). Caso você queira controlar apenas Neku nas batalhas, pode colocar a opção Partner: AutoFight. Com alguns combos feitos pelo seu parceiro, habilita-se um super ataque com uma animação bacana e causa um bom estrago, mas as condições são sempre explicadas quando se tem um novo parceiro.
Os equipamentos do jogo são roupas e elas, com suas marcas, também são influenciadas pelas tendências de Shibuya, o distrito pop de Tokyo. Uma coisa pessoal, é que levei um bom tempo para equipar as roupas no Neku (gastava meu dinheiro, mas ele não tinha atributos suficientes ou eram roupas pro parceiro).
A comida também aumenta seus atributos, e elas levam um tempo para serem digeridas. Há toda uma complexidade sobre tais assuntos, mas eu levaria muito tempo explicando e isso prejudicaria o review.
Um último ponto que eu gostaria de explicar, é que enquanto você não o joga (a partir de um ponto) no período de até uma semana, você ganha experiência para evoluir seus pins (brecha pra cheats).
Graficamente The World Ends With You é muito bonito, juntando o design de Tetsuya Nomura com a arte de Gen Kobayashi, Shibuya transpira vida e tribos – pra quem costuma frequentar a galeria do Rock é mais ou menos a mesma sensação (ou pelo menos era antes da era dos coloridos) de variedade de gostos.
Os sprites são bem feitos, e as poucas animações que tem são ótimas. Acho que em 2d é um dos jogos mais bonitos de DS.
Finalizando, The World Ends With You é uma experiência única em termos de JRPG e tem conteúdo o suficiente para mantê-lo entretido por um bom tempo. Salvo pequenas falhas, é um RPG obrigatório para os donos de DS.
Avaliação do JBox: 100%
Melhor rpg de DS!
É um jogo excelente, um dos RPGs mais inovadores que já joguei, e que brilha em tudo que inova.
Um “must-have” para qualquer dono de DS!
Cade o TWEWY 2 Square? :sad:
Legal é ver o nome traduzido. Em japonês é “Esse mundo maravilhoso” (ou algo próximo a isso) e em inglês ficou “O mundo termina com você”. Não sei se tem um segundo significado o título em inglês, se alguém souber de algo, pode avisar XD
Jbox, não sabem como ri quando apareceu que estou colocando comentários demais!
Ótima matéria pra um dos melhores jogos do DS, sério, acho que a maioria dos jogos do DS superam os do PS3, e olha que tenho ambos, mas prefiro jogar meu DS, os jogos da nintendo, ainda mais os pra portáteis, conseguem deixar um clima melhor, mesmo sendo mais simples, ainda assim são bem mais empolgantes!
TWEWY só sofre de um pequeno mal, pelo o que eu ouvi falar por aí: o jogo, por se passar em Shibuya, não foi tão bem aceito pelos japas. O mangá de TWEWY teve 2 capítulos, para se ter uma ideia. ‘-‘
Mas, aparentemente, no final de um negócio de TWEWY para iOS, aparece algo que é a esperança para aqueles que, como eu, apostam em uma sequel.
eu tenho esse jogo no meu DS
só não consigo equipar as roupas
em matéria de inovação esse é muito bem recomendado pra quem tem DS
“O mundo termina com você” É uma frase que o Sanae Hanekoma fala pro Neku, dizendo que o “mundo” termina onde ele quer que termine, por isso ele deve expandir seus horizontes e ver que o “mundo” é maior do que ele imagina, pode ser mais bonito do que ele imagina. (Bom, essa é a minha interpretação)
Em japonês ele provavelmente só fala que “Esse é um mundo maravilhoso”, dizendo para o Neku que o mundo tem muitas coisas boas, além do que ele conhece. (Não tenho noção alguma de japonês, mas acredito que seja algo assim)
Agora, não faço ideia do porquê de terem alterado tanto assim o nome do jogo na versão ocidental, mas acho que ficou mais bacana em inglês.
Também acho que esse foi o melhor jogo do DS, que fez melhor uso de suas funções e o que mais me divertiu!
Melhor RPG de DS sem dúvidas, além de ser um dos melhores que já joguei. Quem não jogou, aproveite essa versão de DS ou a de iOS, ambas muito boas (apesar que gostei mais no DS).
Waah, TWEWY! Decerto é meu jogo preferido para DS, e também o primeiro que eu fechei (geralmente sempre largava os jogos pela metade…). Na verdade, já o joguei incontáveis vezes. <3
Excelente jogo mesmo, não consigo levar a sério nenhum Top jogos de DS que não tenha ele incluso! :)
E ao que parece, vai ter continuação sim. Faz um bom tempo que vi notícias aqui no JBox mesmo que apontavam pra isso, algo como uma imagem que aparece no fim da versão pra iOS. Mais uma razão que me vai me obrigar a arrumar um 3DS!
Acho que a melhor adaptação pra português do título seria “termina em você”. Como você disse, a ideia é que os seus horizontes são os horizontes do seu mundo, se você viver do mesmo jeito sempre, o mundo vai ser sempre o mesmo, mas se você sempre mudando e se expandindo, seu mundo vai junto :P
Traduzindo literalmente, como eu fazia antes de jogar, dá a impressão de que o mundo acaba junto com você, quando você morrer o mundo acaba, algo do tipo haha :laughing:
O jogo é excelente, muitos consideram-no o melhor RPG lançado para Nintendo DS. O enredo é muito diferente e muito interessante, o sistema de batalhas, apesar de parecer complicado, é simples. Recomendo aqueles que jogarem não deixar o partner no automático, tentem controlar o Neku e o parceiro ao mesmo tempo, porque aí dá para ganhar mais bônus. Com prática você consegue x)
O jogo é desafiador, e não pensem que será moleza zerá-lo. Porém ele não é tão difícil a ponto de te fazer desistir de jogar até o fim.
E adorei o fato de a Square ter lembrado de TWEWY na hora de desenvolver Kingdom Hearts: Dream Drop Distance – há uma participação especial dos personagens de TWEWY no jogo!
Não faz muito sentido para mim, Shibuya é o distrito mais famoso de Tóquio, e por isso TWEWY se passa lá. E o mangá teve só dois capítulos porque a ideia era ter só 2 capítulos mesmo rs ele não conta a história toda do jogo, é só uma prévia da história e no final obriga o leitor a comprar o jogo para saber o resto (inclusive as últimas páginas do segundo capítulo deixam muita coisa em branco, só para despertar a curiosidade). É comum isso no Japão, e recentemente teve o mangá de Digimon World Re: Digitize, também com 2 capítulos para fazer o leitor comprar o jogo se ele quiser saber toda a trama.