50 Colunas. Quem diria. Há mais de um ano, em agosto de 2012, fui convidado a ter uma coluna de jogos no JBox. E com os recursos limitados que tinha na época (PC ruim e pouco acesso a jogos da atual geração) era bastante difícil conseguir analisar todos os títulos que eu queria (principalmente por não termos patrocínio de Lojas ou Publishers, como alguns sites grandes de jogos) e nem sempre o resultado saia bom em termos de feedback.
Mas estamos cá, firmes e fortes, continuo escrevendo minha coluna semanal e agora temos até um podcast chiquetoso (com planos de entrar na iTunes em breve!) que edito.
Enfim, para comemorar esta quinquagésima coluna, escolhi um título deveras ambicioso em sua concepção e produção. Falo de Saint Seiya Online.
O jogo foi revelado há muito tempo atrás, e durante séculos, a única pista que tivemos foi uma screenshot no site do criador de Cavaleiros, Masami Kurumada. Depois, saiu a notícia de que gravaram algo relacionado a Cavaleiros nos EUA (e o pior passou a ser pensado), mas fora isso nada se sabia do projeto, apenas que era feito entre a SEGA do Japão e a Perfect World Beijing. Mas enfim, o jogo chegou em 2012, e será que ele vale o seu download?
O jogo conta a história de um (ou vários) aprendizes de cavaleiros de Athena que enquanto treinam e fazem missões para o Santuário, presenciam diversos eventos chave que aconteceram no mangá, e além desses, eventos inéditos na série, dentre os quais um sensacional Athena Exclamation usado contra Thanatos e Hypnos.
O problema nisso tudo é que o jogo está completamente em chinês e caso o jogador não se chame Lee ou Chan, ele vai ficar quase perdido na história.
A jogabilidade de Saint Seiya Online é a padrão dos MMO’s, ou seja, cliques, cliques, atalhos nos botões e toneladas de quests a se fazer… Mas como concluir tais quests se o jogo está em chinês? Bem, aí entra a herança e influência de Perfect World. Toda vez que uma é iniciada, no canto direito vai aparecer uma mensagem clicável, e nela, o personagem irá andar automaticamente na direção correta. Isso facilita um bocado as coisas, mas você é livre para explorar e seguir na direção da missão.
Os combates são rápidos, e de certa forma frenéticos. É recomendado que você coloque atalhos nos botões do teclado, são uma mão na roda. A dificuldade não é muito grande, mas em combates maiores, cautela é necessária, afinal, seguro morreu de velho.
Graficamente o jogo é competente. Mas, como todo bom MMO, ele tende a tentar atingir o maior público possível, então tem de ser otimizado para PC’s menos potentes (mas se seu PC é um Positivo Casas Bahia, não tente jogar, periga explodir o computador!!!).
Os personagens seguem o traço do mangá, então ao invés do carnaval de cores que ficou o anime, temos 2 milhões de personagens loiros, mas ao menos na construção o seu pode ter o cabelo que quiser da cor que quiser (desde que esteja entre as opções disponíveis =P).
As armaduras tem um nível de detalhamento satisfatório, embora não esteja no mesmo patamar de jogos como os recentes “Batalha do Santuário” e “Bravos Soldados”, mas dá pro gasto.
O destaque com certeza são as cutscenes, que são muito bem feitas. Os efeitos especiais dos ataques e cenários também estão muito convincentes. Uma das reclamações, por assim dizer, é em relação as armaduras das personagens femininas… Que são o padrão de armaduras femininas de MMO’s, ou seja, com pouca armadura e mostrando o corpo das Amazonas… Ou seriam Saintias? Ou Mulheres Cavaleiro? Ah, tanto faz!
A trilha sonora do jogo é muito bem composta e executada. Não tem aquele clima de Saint Seiya, mas ainda assim são excelentes composições e casam com o clima que o jogo proporciona.
Finalizando, Saint Seiya Online é uma boa experiência online. O único problema real do jogo é a barreira linguística que dificulta até mesmo o cadastro (tive que fazer uma gambiarra aonde mudei de nome =P), e sinceramente não sei se alguma publisher vai querer localizar o jogo apesar da base de fãs de Cavaleiros ser grande aqui no Brasil.
Avaliação do JBox: 85%
Imagino quantos Ikkis devem ter no jogo hahaha
Um jogo como este deveria ter no mínimo seus textos em inglês, pois não parece inteligente isolar do mundo algo com potencial de mercado internacional…
Cavaleiros pode ter um grande mercado no Brasil, México, e certas partes da Europa, mas infelizmente não é nenhum Pokémon… portanto, mercado voltado só pra Ásia é muito possível.
Putz, queria jogar, curto CdZ mas da mó preguiça fazer as bagaças pra jogar isso ae, ainda com ele sendo em Chines, só quebra ainda mais a gente. Sinceramente, creio que um dia ele virá pra cá, msm que em inglês, afinal, diversos jogos CdZ são lançados aqui e se não me engano alguns até com legendas em pt-br.
Se nem DBZ online chegou por aqui que é mais antigo, então nem tenho esperança de ver CDZ online em terras brasileiras, o que é uma pena.