Hirogaru Sky! Precure chegou naquele ponto em que a série começa a fechar algumas pontas soltas e caminhar em direção a sua vindoura conclusão.

Isso significa um foco maior no desenvolvimento dos objetivos das protagonistas e o retorno de alguns personagens vistos ao longo da temporada. E por falar nisso, o capítulo 34 nos apresentou o melhor retorno de um personagem até agora: Battamonda, o vilão desaparecido desde o episódio 23.

 

O que aconteceu com Battamonda?

imagem: battamonda disfarçado e mashiro.

Reprodução: Toei.

O destino dos inimigos das precures nessa temporada tem sido quase um mistério. Kabaton e Minoton se “demitiram” propositalmente de seu papel como generais do Império Undergo. Entretanto, Battamonda havia apenas sido derrotado e nunca deu sinal de que pretendia parar de perseguir as heroínas.

Pois foi muito divertido ver que o capítulo começou nos mostrando que ele agora vive em Sorashido como uma “pessoa normal” em um apartamento (e até mesmo tem Kabaton com vizinho). Só que ele continua com sua personalidade de Cebolinha e, mesmo sabendo que seria derrotado pelas precures, não deixa de criar “planos infalíveis” para fazer com que as heroínas sofram algum desprazer.

Qualquer pessoa que goste do humor de Precure se divertiu com o vilão colocando em prática sua ideia de fazer Mashiro desistir da carreira artística. A cada comentário interno do personagem, um sorriso surgia no rosto deste que escreve. De fato, Battamonda ficou bem melhor como um coadjuvante atrapalhado do que como um inimigo feroz e maligno (embora ele tenha cumprido bem esse papel também).

A história de Mashiro, por sua vez, não foi tão empolgante. A verdade é que, das cinco cures, Mashiro tem tido os conflitos mais desinteressantes. Nesse ponto da temporada, ver que ela continua com sua falta de autoconfiança mais irrita do que causa comoção. Mas tudo bem, pois Battamonda foi a estrela do episódio.

A aparição de Skearhead com o monstro da semana pareceu um pouco deslocada da história principal, um detalhe que também foi recorrente nos capítulos posteriores.

 

A heroína do beisebol

imagem: sora jogando beisebol.

Reprodução: Toei.

Como disse no começo do texto, a temporada começaria a desenvolver mais os objetivos de vida das protagonistas. No caso de Sora, seria se tornar uma grande heroína. Só tem um problema: não há grandes ações heroicas para se fazer no dia a dia de uma garota de 14 anos.

A solução encontrada para essa questão no episódio 35 foi mostrar que ser um herói é ajudar os outros em qualquer situação e por isso Sora resolveu se tornar treinadora por um tempo do time de beisebol de sua escola.

Na realidade, o grande destaque do episódio nem mesmo foi Sora e sim a dupla de jogadoras de beisebol que precisavam de seu auxílio. A relação das duas amigas foi rapidamente bem construída, mas o desenrolar da trama foi um pouco bagunçado com o drama exacerbado em torno da lesão de uma delas, que precisaria de cirurgia para se curar. Pareceu desgraça demais para um capítulo de vinte minutos.

Novamente, a aparição de Skearhead fica um tanto fora do contexto principal. Aqui vale dizer uma coisa: o animê tem tentado mostrar esse vilão como um ser extremamente poderoso, o qual as precures precisam temer, mas nada do que ele faz parece corroborar essa ideia. Ele continua perdendo para as heroínas e seus monstros são desinteressantes.

Nesse ponto, a falta de Battamonda como o inimigo principal se faz presente. Em um capítulo que mostra uma protagonista tentando ajudar um grupo de amigas, muito provavelmente nosso maquiavélico vilão teria criado todo um plano terrível por trás de seu ataque contra as precures. Skearhead não faz nada disso, apenas surge com total inexpressividade e envia seu monstro contra as heroínas.

 

O crescimento de Ageha

imagem: ageha triste.

Reprodução: Toei.

O capítulo 36 voltou a provar uma coisa que já se sabia: Ageha é a melhor personagem da temporada. Ela tem alguns dos melhores episódios e um ótimo desenvolvimento.

O modo como o roteiro aqui unificou diversos detalhes da história da jovem professora, como sua relação com um aluno já visto antes, seus traumas de infância e ambições futuras, foi bastante satisfatório. Por tal motivo, quando Ageha se emociona ao ter de se despedir do aluno, é fácil se emocionar ao lado dela.

Qualquer deficiência em sua autoconfiança aqui acaba sendo muito diferente do que vimos com Mashiro, pois Ageha não é uma personagem que facilmente se deixa ficar para baixo. Desse modo, o capítulo precisa construir um cenário que faça com que o público acredite que ela pode estar passando por tal tipo de problema (e isso foi bem construído).

Até mesmo a aparição do monstro da semana aqui foi mais satisfatória, uma vez que houve estratégia de combate dos dois lados e foi criada uma situação que fez a Cure Butterfly brilhar com uma ótima animação.

Que os próximos episódios de Hirogaru Sky! nos tragam mais bons episódios como esse, no qual o roteiro entende profundamente suas protagonistas e cria situações em que nos emocionamos com elas.


Confira as outras resenhas da série:


Soaring Sky! Pretty Cure é exibido pela Crunchyroll com legendas em português de forma simultânea com o calendário japonês. A empresa fornece ao JBox um acesso à plataforma.


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